Era um dia qualquer em que um homem conheceu uma mulher, eles se apaixonaram. –Como sempre fazem os casais das histórias. Então eles viveram um amor intenso, único. Um amor simples, mas forte, em que as diferenças não importavam, nenhum dos dois eram perfeitos, e eles sabiam disso, mas até as imperfeições os tornavam perfeitos aos olhos do parceiro...
Era como se um fosse o bem, o outro o mal, como se ele fosse um corvo, e ela a melodia cantada por um anjo. Eles se casaram, tiveram filhos, e enfrentaram todas as barreiras que vinham pela frente. –Como sempre fazem os casais das histórias.
Mas talvez o humor os fez cair na rotina, do modo como ele jurou em seu próprio casamento não deixar, por fim, eles acabaram se separando por algum tempo, um tempo que para ele pareceu sem fim, um tempo em que ele resolveu agir como um homem, agarrando todas as suas “oportunidades”, ou simplesmente agarrando todas as mulheres que conseguia. –Como nem sempre fazem os homens das histórias.
Porém uma coisa que os desprezíveis homens fazem, é não tratar mulheres com o devido respeito que elas merecem, e ele não conseguia fazer isso... Sempre as tratava como... Únicas. Um erro, pois elas sempre se apaixonam. Vários corações partidos e garrafas de cervejas vazias depois, ele encontrou uma nova mulher, tão perfeita como a anterior ou até mais, e eles se apaixonaram. –Como sempre fazem os casais das histórias.
Mas o destino, o arquiteto dos planos malignos da vida, trouxe de volta o amor anterior para a vida daquele homem, pra confundir sua cabeça, e o colocar contra a parede. –Como sempre faz o destino nas histórias. Por não querer perder o novo amor, e querer ficar com o antigo, ele acabou ficando com as duas. Acabou por fazer um triângulo amoroso, onde só o amor recente não estava á par da situação. –Como sempre fazem as garotas inocentes e apaixonantes das histórias.
Porém isso tinha um efeito devastador tanto naquele homem, quanto no seu primeiro amor. Nenhum dos dois gostava do ato de trair alguém. Ela porque não queria ser “A Outra” e ele porque não queria ser “O Tal”. Várias conversas, erros e acertos depois... Várias lágrimas derramadas depois eles resolveram não se amarem mais, decidiram que cada um ia viver uma vida normal, iam se deixar levar pelos novos sentimentos, e decidiram, que desse amor antigo –e devastador– só iria restar a lembrança...
... A lembrança de que ele foi homem, e ela mulher, e os dois felizes construíram uma história, a lembrança de que as histórias nem sempre devem ter o final desejado, mas sempre um final feliz, a lembrança que acima de tudo, não se esquece um antigo amor, e muito menos se deixa de amar um novo. O desejo de felicidade para ambas as partes, o desejo de saber, que novas histórias podem ser escritas, mas que as antigas nunca podem ser apagadas. E a inteligência pra alertar os “novos amantes”, que o amor sempre está mudando, e não se pode fazer nada quanto a isso...
Kyo König
Leandro! Esse post merece até um comentário!
ResponderExcluirCéus, eu gostei muito... não! Eu adorei!
É uma história das histórias normais, realmente. Rápida mas não deixa a desejar. Adorei de verdade!
Continue assim, está cada vez melhor na escrita.
A história do Destino talvez não seja tão legal com ele e nossas vidas sejam vinganças!
ResponderExcluirQuem é que sabe?!
Bom texto, você tem uns insights legais!
=D
Obrigado, levei séculos pra descobrir o que é insight mas eu deduzí XD
ResponderExcluirQue bom que gostou.